O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, com o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, e técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na manhã deste sábado (22/5), para discutir estratégias que evitem a propagação da nova variante da Covid-19 e de novas cepas que, porventura, venham a surgir. Por ser a principal porta de entrada de viajantes de todo o mundo, o aeroporto de Guarulhos e, consequentemente, a cidade de São Paulo são focos de preocupação quanto à disseminação do vírus e mutações que possam ocorrer. Por isso, o ministro e as autoridades dos dois municípios paulistas, assim como a Anvisa, discutiram formas de evitar que variantes entrem por portos e aeroportos. “Sabemos que o caso com a nova cepa foi detectado rapidamente, mas temos que manter o acompanhamento dos pacientes infectados e das pessoas que tiveram contato com eles, incluindo os profissionais de saúde que atenderam essas pessoas”, disse Queiroga. “Considerando que São Paulo é a maior cidade do país e Guarulhos é o maior aeroporto, devemos reforçar a vigilância para que essa variante não se espalhe pelo Brasil”, explicou o ministro. O Ministério da Saúde tem mantido contato com a Secretaria de Saúde do Maranhão, onde está ancorado o navio em que foram identificadas pessoas infectadas com a mutação. Um desses pacientes precisou ser socorrido de helicóptero para receber atendimento hospitalar. Dessa forma, a pasta também acompanha todas as pessoas que tiveram contato com esse paciente, incluindo os responsáveis pelo transporte e profissionais de saúde. A Anvisa tem intensificado a vigilância em aeroportos, incluindo abordagem a passageiros antes e após voos. Uma portaria recém-editada proíbe a entrada de estrangeiros de voos com origem ou passagem pela Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul. “Nosso objetivo é acelerar a vacinação e, ontem, apresentamos um programa de testagem a ser debatido com estados e municípios”, disse Queiroga. O plano de testagem anunciado nessa sexta-feira (21/5) é dividido em três eixos. Um deles é a realização de testes em sintomáticos; o segundo, em assintomáticos, por busca ativa em locais de grande circulação de pessoas e profissionais mais expostos ao risco; e o último é a soroprevalência, que permite o acompanhamento epidemiológico dos casos.